Um novo calendário para o futebol sulamericano
No começo da semana passada a Conmebol -Confederação Sul-Americana de Futebol - decidiu mudar o formato da Copa
Libertadores de América. As principais mudanças definidas são; aumentar o número de clubes, ampliar a duração de 27 para 42 semanas, incluir os dez clubes que não
avançarem às oitavas de final na Copa
Sul-Americana, colocar os campeões dos dois torneios (Libertadores e Copa
Sul-Americana) diretamente na fase de grupos da próxima edição da
Libertadores, a possibilidade da final ser disputada em partida única em campo neutro e obrigar os clubes que disputam a Copa masculina a terem uma seleção feminina.
Atualmente na América do Sul a maioria dos países tem a
temporada organizada por semestre com os campeonatos
"apertura" e "clausura” para coincidir com a divisão de
semestres gerada por Libertadores e Copa Sul-Americana. Assim, cada clube faz o
seu planejamento pensando nos próximos seis meses de disputa.
No Brasil, essa divisão é confusa, pois os regionais e estaduais terminam no fim de abril e os nacionais começam em maio. Isso transforma os estaduais, que já foram importantes, numa interminável pré temporada. Esse formato não é produtivo aos clubes do interior que estão acabando, pois precisam montar elencos de três meses e é muito menos útil aos da Série A que só fazem contratações de peso em maio quando começa o Brasileirão - com exceção dos classificados para Libertadores.
Essas mudanças, mesmo que feitas equivocadamente no meio do campeonato, obrigam a CBF a enquadrar os campeonatos nacionais nessa lógica anual - o que será bom
para os clubes que poderão montar um planejamento de maior duração permitindo um
pouco de estabilidade à jogadores, treinadores, etc...
Reflexo disso, a diretoria da CBF, já anunciou que o Brasil terá mais duas vagas na pré-Libertadores, assim o Brasileirão deste ano já terá um G-6. São mais chances para Santos,
Timão, Atlético Paranaense, Grêmio, Flu e Ponte de chegar no desejado torneio Sul-americano. Além disso a Copa do Brasil deve virar semestral
deixando de coincidir com a Sul-Americana permitindo o mesmo clube disputar a
Copa do Brasil e Sul-Americana no mesmo ano.
Mas duas perguntas ficam no ar; com o calendário anualizado ainda há espaço para os
estaduais no formato que eles hoje tem?
Não seria
melhor torná-los mais longos ampliando a temporada dos clubes do interior e deixando
as equipes que disputam o Brasileiro entrarem só numa reta final, que duraria
um mês ou dois no máximo?
É isso! Mas talvez seja demais para o Tico e o Teco da CBF.
ResponderExcluirVerdade Juca, essa mudança é mais uma esperança do que uma crença. O futebol brasileiro merecia uma gestão decente.
ExcluirComentário acima é de Juca Kfouri. Aliás, peça sempre a identificação de quem comenta.
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